Com essa capacidade de ser torto
De tropeçar como uma dança
De quebrar coisas como quem constrói?
O que fazer
Com esse talento de confundir
Coisas, gestos, palavras
De constranger a si mesmo
De cultivar gafes e medos como num dramalhão?
O que fazer
Diante de tantas desqualidades
De anti-herói trapalhão
De palhaço de circo sem lona
De ator de teatro sem palco
De homem com coração inapto
E de alma inepta para os dias de hoje
Tão cheios de certezas, de excelências
E perfeições
O que fazer?
Poesia, talvez...
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