quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Saga do DePUTAdo Dinheiro Ladrão

Bom como o cordel do Luckas fez muito sucesso, publico aqui meu outro cordel, esse fiz mais na brincadeira, já deve ter uns 6 ou 7 anos. Lembro que escrevia essas coisas durante alguma aula que não gostava, tipo matemática ou química, foi uma época produtiva nesse aspecto, hahahahahaha.
Mas vamos lá, trata-se de uma história que, como diria Juca Chaves, "qualquer semelhança é mera coincidência premeditada", basta lembrar de um caso de um certo ex-deputado pelo estado do Ceará que foi acusado de ter envolvimento com o tráfico de drogas depois de anos e anos de corrupção pelos municípios do interior. Até hoje quando vou a Jaguaretama vejo gente lamentado que o mesmo não esteja no poder, com o velha, burra e ignorante máxima do "roubava mas fazia", um absurdo.

Vamos ao cordel:


A Saga do DePUTAdo Dinheiro Ladrão

No inicio peço licença
Eu sou muito precavido
Dos homens eu não duvido
Não tenho maledicência
Escrevo por diversão
E qualquer comparação
É pura coincidência

Vim aqui para falar
De um nefasto ex-deputado
Com medo de ser caçado
Veio a renunciar
Pela sua incompetência
Provando a inconsciência
Do povo do Ceará

O seu respeito era enorme
Tinha toda regalia
No mundo da alegria
Tinha tudo nos conforme
Era um grande marajá
Dinheiro podia dá
Vivia no “come e dorme”

Ao lado das multidões
Era excelente ator
Graças ao interior
Ganhou muitas eleições
Enganando o meu povo
Para se eleger de novo
Com muitas contradições

Porém, quando se elegeu
Roubando dinheiro alheio
Só vivia no passeio
“Um pra tu e dois pra eu”
Subornava os prefeitos
Nos projetos dava um “jeito”
Pra sempre levar "o seu"

Anos atrás tava ao lado
Dos ditadores impuros
Mas ao prever o futuro
O discurso foi mudado
Com os grandes foi romper
Reformas já quis fazer
Foi mudar desconfiado

Aproveitando a moda
“Lulinha paz e amor”
No meio da onda entrou
De tudo agora discorda
Passou pra oposição
Com muita disposição
Pro eleitor pegar corda

Beijo e abraço em crianças
Na campanha eleitoral
Em cima de pedra e pau
Só falava na mudança
Alimentando a mentira
E o leitor quase pira
Numa falsa esperança

Encenação tal aquela
Que a mim não convenceu
O povo não percebeu
Que a tal conversa bela
Não passava de boato
E caíram como pato
Numa grande esparrela

Vitorioso então
Ele muito se exibe
Foi no Vale Jaguaribe
Sua maior redenção
Mostrando o coronelismo
E o analfabetismo
Que existe no meu sertão

Meses depois o Brasil
Pelo Jornal Nacional
Na denúncia crucial
A carapuça serviu
Em telefonemas sérios
Acabava seu império
E sua máscara caiu

O homem ficou tristonho
Afundava o seu barco
Envolvido com o tráfico
O mundo ficou medonho
O cerco tava fechado
Ninguém fica do seu lado
Se safar era um sonho

O caso repercutiu
Uns queriam a cassação
Outros logo a prisão
Nada mais justo e sutil
Tirando a imunidade
E acabando a impunidade
Que tanto já lhe serviu

Mas no País do faz-de-conta
Polícia não tem moral
Na terra do carnaval
Jeito pra tudo se encontra
Preconceito é violento
Fazem pobre de jumento
E o rico é quem se monta

Renunciou o mandato
E saiu discretamente
Para o povo inocente
Não se lembrar de seus atos
Caindo como uma luva
A Ajuda de manda-chuvas
Que minimizaram o fato

Eu não sou nem um vidente
Mas posso vê o futuro
Não fico em cima do muro
Analiso o presente
Estudando o passado
Sem ficar alienado
E sempre olhando pra frente

Povo sem educação
Sem ter nada pra comer
O voto faz é vender
Por um pedaço de pão
A historia se repete
O deputado promete
E deixa o povo na mão

O futuro deste povo
Que não ta muito distante
É uma podre constante
Que fede mais do que ovo
Já na próxima eleição
Vai vir cheio de sermão
Para se eleger de novo

Se o poema é horroroso
É que falta inspiração
E peço logo perdão
Se fui muito desgostoso
Não queria chatear
O povo do Ceará
Com historia de trancoso

Wescley Pinheiro

*Literatura de Cordel escrita no final de 2002 ou em 2003, não sei ao certo

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

outro blog?


Sim companheiros, outro blog, esse definitivo (eu espero). Afinal, ano novo, blog novo (dizer isso em fevereiro é bem brasileiro e bem clichê, hehehe.)


Mas Por quê?


Porque sim (tá, tá, porque sim não é resposta)

O fato é o seguinte: eu tinha outro blog chamado “imbroblioquequiprocó”, mas ele estava imensamente abandonado e tinha um nome muito complicado. Assim, se eu queria levar nessa bagaça a sério precisava de um nome simples e que fosse ao mesmo tempo criativo. Cogitei e cheguei a levar ao ar um blog da “mómintíra”, escrevendo um manifesto, que brevemente será postado aqui (como todos os textos do outro blog), no entanto, decidi deixar essa alcunha de lado nessa questão, mudando para algo mais individual e mais amplo, encerrando um ciclo e começando outro.

A partir daí iniciou-se a saga maldita em busca de um nome que fosse legal pra mim e que estivesse disponível no blogspot. Tarefa difícil, aliás, dificílima, TUDO, absolutamente tudo já foi registrado aqui. Aqui vai uma lista de como esse blog poderia ter sido batizado:

• Na Maciota
• Pá Furada
• Paralelas
• Conversas Paralelas
• Assuntos Paralelos
• Papel de Pão
• Em crise
• Parafraseando
• Milk Shakespeare
• E daí?
•Enxugando Gelo

E muitos outros surgiram, até que cheguei em “No fiapo” – perfeito! “É isso!” No fiapo, ali naquele pedacinho que ninguém ver, aquela parte minúscula, que pode não ser nada se comparado ao todo, mas também pode trazer de tudo e revelar coisas interessantes que sozinho, jamais você iria encontrar.

Como está na descrição do blog (tirado do dicionário): fi.a.po sm (de fio) 1 Fio tênue. 2 pop Quantidade ou porção insignificante...


Sim, mas pra quê vai servir mesmo?


Aí é onde está a melhor parte! Não vai servir pra nada! Será um blog em que eu posto o que quiser, sobre o que eu quiser e de quem eu quiser. Então terá notícias, textos de outros blogs, fotografias, vídeos, poesias, textos meus, artigos, enfim, tudo no fiapo.


Mais alguma coisa?


Sim, não sou escritor e neste espaço eu posso abusar das aspas, dos ditados, dos erros de digitação, dos parênteses , mas prometo ser um pouco criterioso e ao menos reler o texto antes de postar.

No mais é isso, NO FIAPO é mais que um blog, é um coletivo, o coletivo de um homem só, falando do nada e para ninguém... gravem isso, pois esse é o espírito.

Vem novidade por aí... ou não