terça-feira, 17 de maio de 2016

Dilúculo

Perder o chão é quase voar
Flutuar sobre as coisas
Os passos das horas
E as frestas do agora
Que distanciam as dores
Como um beijo de manhã
Como um beijo do amanhã
Como caminhar em cima do abismo
E abaixo dos primeiros raios
Numa plataforma de cristal
Ou no cristalino das águas

Na vida da noite
Perder o chão é amanhecer

Nenhum comentário:

Postar um comentário