quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vale de Sangue


O Sol derreteu-se perante o seu povo
Que tão caloroso no fim se calou
Ao som do disparo que nos assombrou
Matando e matando e matando de novo

No canto da água que não se inibe
O acre vazio fez-se como estorvo
Que se avermelha ao gruir do corvo
E banha de sangue nosso Jaguaribe

E o pássaro negro forte se exibe
Na seca cinzenta desse meu sertão
E o Vale de lágrimas trepidante ilibe

Assim a pistola cumpre a missão
E se perpetua em mordaz estribe
E o Vale desvale em nossa canção
Wescley Pinheiro

3 comentários:

  1. Olá, sou moderadora do Pós-futurismo.
    E fui encarregada de informar os finalistas do nosso projeto: Academia virtual das Letras.
    Entre neste tópico e veja sua enquete para votação.
    http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=109408320&tid=5557182133945161149
    Boa sorte. ;)

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  2. Gostei de conferir seus poemas, Wescley. São muito bons, bem distintos do que se lê em tantos blogs por aí. Aparecerei por mais vezes.
    Um abraço,

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  3. l. f. amancio, camarada, que bom que gostou dos textos. Aqui escrevo sem grandes pretensões, sem pensar nas consequencias e tentando buscar minha identidade literária própria. Já perguntaram qual a principal influencia literária, respondo:o mundo.

    Não pode deixar de ser assim, um diálogo eterno entre real e ficção, subjetividade e objetividade, nós e os outros.
    Que bom que gostou do blog. Espero que continue sim visitando, lendo, comentando e propagando.

    Grande Abraço!!!

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