Luz (do sol), câmera (de deus) e ação (humana)
Fim da bebedeira profana
Seis horas da manhã, é sexta, é treze, é maio
Lá vem os primeiros raios
A supersticiosa cruza a encruzilhada
(Nada de passar por baixo da escada)
Na outra quadra passa a procissão
A virgem, santa desde cedo
Caminha e não revela seu segredo
O sol esquentando qualquer medo
E o padeiro com a fé e o fermento
Alimenta os outros para o seu sustento
Entre pães, preces e superstições
Na esquina da padaria, ao lado da capela
Dois amantes se aliam e se revelam,
Na despedida do começo, na fome que alimenta
Num beijo quente e roubado que fermenta
Crenças, cruzadas, corações
E corta! (dores, pudores,
atores, proporções)
Nenhum comentário:
Postar um comentário