Bebamos nesse beco sem saída
Matemos-nos nesse mato sem cachorro
Dancemos no baile dos delatores
Molhemo-nos nessa chuva de mordaça
Na tempestade do tempo
Na banheira da bobagem
Ou no mar do ostracismo
Do cotidiano caos
Que as lágrimas escorram sempre
Pelas barbas da barbárie
Para alegrar o poder
A arma das amarguras
A bala dos bajuladores
Com seus prefácios e preces
Com o seu morno mormaço
À mercê dos mercenários
Para quem somos moedas
Somos gozo e somos prato
No banquete bactério
Pois hoje é dia de festa
E tudo em mim é descrença
Na farra dos urubus
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