Odeio o ponto
Odeio aquilo que me encanta
E é o humano
Odeio aquilo que desaba
Que acaba
É leviano
Odeio o verso
Odeio aquilo que seduz
Que é cruz
E é profano
Odeio o que é belo
E vai embora
Odeio o que é rima
E chora
Odeio aquilo que me excita
E me despreza
A qualquer hora
Odeio aquilo que reza
Que preza
Não por mim
Mas por Nossa (Senhora)
Odeio aquilo que é humano
E berra
E erra
E é demais
Odeio aquilo que é humano
Que é fulano
E se desfaz
Odeio aquilo que é humano
mas é divino
Odeio primeiro
e primo
o tiro
certeiro
do todo
da parte
daquilo
que chora
que vem
que vai
embora
na arte
Sim
Odeio não
Odeio aquilo que é humano
Que é engano
Que é assim
Sim
Odeio o ponto
O pronto
A base
A frase
O fim
Wescley
É da natureza humana criar o que se acaba.
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