segunda-feira, 2 de abril de 2012

Fértil-mente

Minha abeça não para
Dispara
E não me deixa viver

Minha cabeça é gelada
Minha cabeça vê

O espetáculo
O obstáculo 
Teatro menino
Onde o tino e o destino
Se atracam em desatino


E em vão
Se atracam
Buscando abraçar 
O meu mundo com as mãos

Assisto
Na minha cabeça eu crio
Enquanto tremo de medo
e frio


Á fio
No teatro de minha cabeça
Nesse ato pequenino
Suvino
Eles (tino e destino)
Estrebucham
E murcham

Alucinam tentativas
Onde sonho e pesadelo
Fotografia e espelho
Problema e solução
se abraçam (também) 
em vão
(Não!)

Se agarram
Passeiam pelo vagão
No trem de uma estação
Das flores
das dores
Outono ou
Verão

E vocês verão
Tanto  o tino 
como o destino 
Sofrem
Em minha cabeça
Que (agora) voa
Numa boa

E eu no meio deles
Daquele tino tão sujo
E do destino confuso
Fujo

Vou, mas volto
Antes do inverno chegar

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