sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

No fiapo 2016

Chorei
Choraram
Lágrimas de gata de borralho
Traído
E julgado como louco varrido
Me varreram
Me rodaram
E com o rodo rodeei em vários
Ralos
Levei rasteira
Rastejei
Erraram comigo
E quando acertei
Repeti a máxima
Só sei que nada sei
Fui para o canto
Me desencantei
Perdi a fé
Descafeenei
Resisti
Re-existência
Reinventei
Inocência
E quando estava convicto
Novamente me vi
Aflito
Mas agora diferente
Cantarolei
Hino sente mente
Sorri, bebi, beijei
Recuperei a fé
Me infernizei
Vivi, aprendi, mordi a língua
Me vi traído
Pelo meu medo
Não dei ouvidos
Ouvi desejos
Me alegrei
Tinha sentido
Então amei
Vivi, aprendi, enfrentei
As Más línguas
Matei a dor com a cor mais linda
Cantei, escrevi, gozei
E no meio da euforia
Novos aprendizados
Sem nostalgia
Aprendi dados
Sorte, perdas, finitude,
Cresci, amadureci, amiúde
Doze meses, uma vida
Retrospectiva
Plenitude
Vivi, vivo, viverei
Derrubando muros
Cantando, sem canto, cantarei
Que venha o futuro
Tempo-rei

Nenhum comentário:

Postar um comentário