A culatra é a porteira
Da arma da minha vida
Satisfeita e generosa
A culatra é atrevida
A cada verso que atiro
Sai por ela e onde miro
É poesia vencida
1. Uma gaveta pública cheia de rascunhos. 2. fi.a.po sm (de fio) 1 Fio tênue. 2 pop Quantidade ou porção insignificante... 3."O coletivo de um homem só, falando do nada e pra ninguém..."
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Devaneio
Poemeto de pormenores
Sem pressa e sem pressão
Sem atraso e sem tração
Decantado e declamado
De um jeito que eu não sei
Os cordelírios
Não nascem em delay
Sem pressa e sem pressão
Sem atraso e sem tração
Decantado e declamado
De um jeito que eu não sei
Os cordelírios
Não nascem em delay
Leve
De um jeito leve e fagueiro
Na pluma do travesseiro
Flutua e só responde
O que vale a pena saber
Vivendo sem saber onde
Quem não tem nada a esconder
Nada esconde
Na pluma do travesseiro
Flutua e só responde
O que vale a pena saber
Vivendo sem saber onde
Quem não tem nada a esconder
Nada esconde
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Ponteiro
Tem hora
Que cada minuto
Demora
Devora
O indulto
A essência
Poucas palavras
Muitas ausências
Que cada minuto
Demora
Devora
O indulto
A essência
Poucas palavras
Muitas ausências
domingo, 16 de outubro de 2016
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Sinais
Em meio aos gritos
Mirando todos os lados
Não enxergou o óbvio
Por ficar perto demais
O destino parecia apontar à guerra
Mas ele andava distraído
Dava passos para o amor
No campo de batalha
A seta já cansada
Disfarçou-se de flecha
Para acertar o caminho
Mirando todos os lados
Não enxergou o óbvio
Por ficar perto demais
O destino parecia apontar à guerra
Mas ele andava distraído
Dava passos para o amor
No campo de batalha
A seta já cansada
Disfarçou-se de flecha
Para acertar o caminho
domingo, 2 de outubro de 2016
Afasia
A presença do nada
A brisa desmotivada
Uma dose dos bons
Um sossego sem paz
Aparta-se dos sons
Onde menos é mas
A brisa desmotivada
Uma dose dos bons
Um sossego sem paz
Aparta-se dos sons
Onde menos é mas
Ruminando
Gostava de comer nesses lugares onde se faz o prato, pesa e
paga logo de uma vez. A sensação de comer algo para pagar depois era um daqueles
pânicos triviais, parecia que se alimentava do que ainda não era seu, que seu
cartão não passaria, que o dinheiro desapareceria da carteira, que ele havia se
enganado de preço.
Sua indigestão era temperada por notas de capital e gotas de
psicose.
sábado, 1 de outubro de 2016
Conjuntura
Sobremesa de vísceras
Chicletes de cacos de vidro
Tingidos de vermelho-gengiva
Deram gosto à plateia
Que suculenta assistia
O espetáculo das sombras
Verossímil, mas não real
Chicletes de cacos de vidro
Tingidos de vermelho-gengiva
Deram gosto à plateia
Que suculenta assistia
O espetáculo das sombras
Verossímil, mas não real
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