(Essa é a sina
Do histrião
Que usa a risada
Como espada
E Faz piada
Contra opressão)
Amordaçaram
O palhaço louco
Que fazia pouco
Daquele opressor
E torturam,
Rasgaram seu corpo
Só porque ousou
Rir de tanta dor
O espancaram,
Tiraram do palco
O pobre palhaço
Que quis ser bufão
E ele torto
Fingiu-se de morto
E deu um sorriso
De subversão
(Essa é a sina
Do histrião
Que usa a risada
Como espada
E faz piada
Contra opressão)
Conta anedota
Segue a rota
Fazendo chacota
Do grande opressor
Ele é artista
Truão terrorista
Com bomba humorística
Explode o terror
Nosso palhaço
Bobo-da-corte
Xingou o açoite
E pôs-se a sorrir
E no deboche
Curou-se dos cortes
Fez pouco da morte
Resolveu partir
O tal opressor
Não entendeu nada
Como a palhaçada
Não pode acabar
Sendo a piada
A arma ilibada
Que mira na alma
Ao te alvejar
E o palhaço
De ponta-cabeça
Corre, pula e deita
No seu picadeiro
Fazendo pouco
Até ficar rouco
Compondo a vida
Peça sem roteiro:
Dores depois
Amores primeiro
Culpados pelas escolhas.
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